segunda-feira, 26 de junho de 2017
A escafandrista
Voltar-se a si mesmo, ir ao fundo, de tudo. Momento em que submergida no seu mais profundo poço, não há escafandro capaz de evitar o impacto se ser ver.
Socorro...
Talvez alguém posso te ouvir...
Mas quem, além de você mesma?
A Pequena sorrateira teria por dizer uma resposta pronta.
De tão incisiva e eficaz haveria quem dissesse ser uma receita infalível?
Ahhh, não conhecem a Pequena. Ela é uma escafandrista!
Desvenda sua casa, seu quarto... tão divertida, alegre, presente...
Sinto saudades dela!
Sinto saudades de você!
sábado, 14 de maio de 2016
Mobília
“Fica tanto em casa que já se sente parte da mobília”...
E quando a sensação é inversa e você sente que é a mobília
que faz parte de você...
Quando você olha em volta e percebe em cada bibelô, "junta
poeira", quadro e objetos improváveis um pedacinho da sua história...
Da sua família, das amigas e amigos, dos lugares por onde
andou...
Das descobertas num sebo no Centro Histórico de Salvador,
nas Igrejas de Ouro Preto, no pôr do sol na Graciosa, nas trilhas da Chapada
dos Veadeiros; e do carinho das pessoas que se lembraram de você quando por
algum canto mundo passavam...
É como reviver cada um daqueles momentos outra vez... E
tantas vezes mais seu olhar conseguir captar...
E nessa cadência de recordações resta, oxalá, um grande
encontro com você...
terça-feira, 8 de março de 2016
Hoje quero falar das flores - 8 de Março
Hoje eu quero falar das flores... Não dessas flores que foram separadas para as distribuições "comemorativas" do 8 de Março. Quero falar daquelas flores que diariamente são depositadas nos túmulos das mulheres vítimas de violência neste país. Conte dois minutos no seu relógio, talvez se você prestar atenção, poderá ouvir uma vítima pedindo socorro, ou pior, a notícia de mais uma morte, "por motivos passionais", como possivelmente será noticiada. A cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas no Brasil e, em média, 13 são assassinadas diariamente.
Quero falar das flores que foram depositadas para Maria e Marina, assassinadas enquanto realizavam o sonho de viajar pela América do Sul. Elas estavam viajando "sozinhas", como foi repercutido pela imprensa, embora estivessem uma na companhia da outra, e por estarem "sozinhas" foram culpadas.
Quero falar das flores e dos espinhos diários que nos ferem, aprisionam, sangram, silenciam, discriminam e matam. Quero falar da sensação que eu sinto quando me vejo "sozinha" cruzando um estacionamento escuro, correndo, apavorada, com medo de quem eu possa encontrar, e o que pode fazer comigo. E do medo, caso algo aconteça, da culpa que vão me incutir por ser mulher, e estar no lugar errado e na hora errada “sozinha”.
São várias as formas de violência que sofremos diariamente por sermos mulheres e que o 8 de março nos sirva para relembrarmos nossas lutas, principalmente por uma vida sem violência, e nos dê mais força e coragem para continuar lutando.
#8DeMarço
#QueroDireito
terça-feira, 21 de outubro de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
Quem ela quer ser sendo quem é!
Lembrou-se, dia desses, de quando procurava borboletas nas flores que cresciam livremente na porta da casa da sua vó. Livres porque ninguém as plantou ali, simplesmente nasceram, cresceram, e ali estavam sem explicação aparente, motivo, ou porquê.
Assim como as borboletas que sempre apareciam. Sem hora certa, pronta, definida. Quando queriam.
E quanto a ela, não sabia dizer se simplesmente nascera, para quê ou por quê! Sabia que ali estava, ansiosa, esperando as borboletas, assim como esperava também o cair de noite, com estrelas e lua. E conversava com a Lua, com as estrelas. Sobre as estrelas, até imaginava que um dia tivesse sido uma delas. Ou que fosse um dia.
Em muitos momentos, questionou-se sobre o fato de estar em um lugar e não estar em outro. Sobre não ter se conhecido quando devia... Sobre ter feito escolhas erradas até começar a fazer as certas. Mas quem pode ter certeza se são certas ou erradas. Ela talvez! Ela sabe ou finge saber.
É instigante o momento da dúvida. No entanto, pode ser instigante também o momento da certeza! E quando se pode ter plenitude então? Talvez fosse plena quando se perdia nas cores das flores e das borboletas que observava na infância. E quando nada mais existe além de um mundo pleno, onde ela podia fazer o que queria, e dali viajava sem aparatos, apenas com o pensamento.
Mas, as flores deram lugar a calçada de concreto... Quando acordou, suas cores não existiam mais. E nem as borboletas viriam... Depois disso, caiu em si, que antes de serem borboletas, elas eram lagartas. Que eram feias, esquisitas e estranhas. Assim, como ela era vista fora do mundo pleno que criou para si. Por isso preferia o seu mundo, sem que houvesse os julgamentos, com os quais, por muito tempo se importou.
Espero que agora não mais...
Ora lagarta, ora borboleta, ora com flores, vez em quando com espinhos, mas sempre ela mesma. Ou quem ela quer ser sendo quem é...
Assim como as borboletas que sempre apareciam. Sem hora certa, pronta, definida. Quando queriam.
E quanto a ela, não sabia dizer se simplesmente nascera, para quê ou por quê! Sabia que ali estava, ansiosa, esperando as borboletas, assim como esperava também o cair de noite, com estrelas e lua. E conversava com a Lua, com as estrelas. Sobre as estrelas, até imaginava que um dia tivesse sido uma delas. Ou que fosse um dia.
Em muitos momentos, questionou-se sobre o fato de estar em um lugar e não estar em outro. Sobre não ter se conhecido quando devia... Sobre ter feito escolhas erradas até começar a fazer as certas. Mas quem pode ter certeza se são certas ou erradas. Ela talvez! Ela sabe ou finge saber.
É instigante o momento da dúvida. No entanto, pode ser instigante também o momento da certeza! E quando se pode ter plenitude então? Talvez fosse plena quando se perdia nas cores das flores e das borboletas que observava na infância. E quando nada mais existe além de um mundo pleno, onde ela podia fazer o que queria, e dali viajava sem aparatos, apenas com o pensamento.
Mas, as flores deram lugar a calçada de concreto... Quando acordou, suas cores não existiam mais. E nem as borboletas viriam... Depois disso, caiu em si, que antes de serem borboletas, elas eram lagartas. Que eram feias, esquisitas e estranhas. Assim, como ela era vista fora do mundo pleno que criou para si. Por isso preferia o seu mundo, sem que houvesse os julgamentos, com os quais, por muito tempo se importou.
Espero que agora não mais...
Ora lagarta, ora borboleta, ora com flores, vez em quando com espinhos, mas sempre ela mesma. Ou quem ela quer ser sendo quem é...
sábado, 5 de abril de 2014
E o que vai ficar na fotografia?
Quando Leoni Oficial cantou a música Fotografia, (em algum momento entre o dia 04 e 05 de abril, no show de ontem) lembrei exatamente da primeira vez que eu vi o mar e a alegria que senti naquele dia. Eu, Tereza e Leandro (Tocantins, Rondônia e Acre), três nortistas olhando o mar pela primeira vez. Imaginem! O mar de São Luís não é o mar mais lindo que já vi, mas foi o primeiro.
A Tereza tinha a música do Leoni no celular e ouvimos ela muitas vezes naquela viagem. O dia era 05, o mês era abril, e o ano 2009. Isso, há exatos 05 anos atrás. Há cinco anos que viajei de avião a primeira vez, comi ostra, vi o dia nascer feliz numa praia, e desde então começou uma sequencia de viagens e aventuras por esse país (por enquanto). Foi também quando comecei a me interessar pelo trabalho daquele músico que cantava Fotografia, e que desde então curto tanto.
Ali também ganhei uma amiga pra toda vida, Tereza, q mesmo distante não sei quantos quilômetros de mim, está desde então presente na minha vida.
Por isso, Fotografia é muito mais do que uma música, é um poema que fala sobre amizade, lembranças, bebidas, sorrisos, afeto, viagens, aventuras, e sobre ser feliz, ou tentar.
E isso que fica nas fotografias!
A Tereza tinha a música do Leoni no celular e ouvimos ela muitas vezes naquela viagem. O dia era 05, o mês era abril, e o ano 2009. Isso, há exatos 05 anos atrás. Há cinco anos que viajei de avião a primeira vez, comi ostra, vi o dia nascer feliz numa praia, e desde então começou uma sequencia de viagens e aventuras por esse país (por enquanto). Foi também quando comecei a me interessar pelo trabalho daquele músico que cantava Fotografia, e que desde então curto tanto.
Ali também ganhei uma amiga pra toda vida, Tereza, q mesmo distante não sei quantos quilômetros de mim, está desde então presente na minha vida.
Por isso, Fotografia é muito mais do que uma música, é um poema que fala sobre amizade, lembranças, bebidas, sorrisos, afeto, viagens, aventuras, e sobre ser feliz, ou tentar.
E isso que fica nas fotografias!
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Ela acreditava...
Alice acreditava que gatos viravam fumaça e que
coelhos falavam! Vou pra Vênus!
Vênus, porque já fui pra Lua! Agora é Vênus. Dizem que depois da Lua é o objeto mais brilhante do céu noturno! Sou curiosa, vou lá conferir.
Mesmo que não haja a hora do chá em Vênus, não tem problema, pois Peter Pan acreditava que existia comida na Terra do Nunca, enquanto Narizinho viveu muitas aventuras no Reino das Águas Claras. Ou teria sido Emília?
Ela acreditava que a Mamãe Noel viria no Natal e que o nome dela era Maria da Conceição.
Isso é que dá visitar a seção de livros infantis da livraria! Tirando alguns contos de fadas do tipo: “as princesas acreditavam que o príncipe encantado iria lhes salvar” ... Esses não valem a pena ler..
Isso é que dá espiar as Reinações de Narizinho, improvisar movimentos de circo e tentar alguns de capoeira.
Isso é que dá deixar o corpo falar por si e a mente acreditar que é possível ir além do impossível!
A pequena acreditava na felicidade, lia Clarice e numa Felicidade Clandestina concluía que ela está nas coisas mais simples.
Parte superior do formulário
Vênus, porque já fui pra Lua! Agora é Vênus. Dizem que depois da Lua é o objeto mais brilhante do céu noturno! Sou curiosa, vou lá conferir.
Mesmo que não haja a hora do chá em Vênus, não tem problema, pois Peter Pan acreditava que existia comida na Terra do Nunca, enquanto Narizinho viveu muitas aventuras no Reino das Águas Claras. Ou teria sido Emília?
Ela acreditava que a Mamãe Noel viria no Natal e que o nome dela era Maria da Conceição.
Isso é que dá visitar a seção de livros infantis da livraria! Tirando alguns contos de fadas do tipo: “as princesas acreditavam que o príncipe encantado iria lhes salvar” ... Esses não valem a pena ler..
Isso é que dá espiar as Reinações de Narizinho, improvisar movimentos de circo e tentar alguns de capoeira.
Isso é que dá deixar o corpo falar por si e a mente acreditar que é possível ir além do impossível!
A pequena acreditava na felicidade, lia Clarice e numa Felicidade Clandestina concluía que ela está nas coisas mais simples.
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quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Tempo e chuva
Tem uns pingos de chuva sorrateiros por aqui. Estou em casa, alguns contratempos me renderam um atestado médico de três dias, mas já estou melhor, apesar de querer ficar em casa até o próximo ano sem fazer nada. Sei que chove em Paraíso também, quanto a Brejinho, não tenho notícias. Não sei que tipo de saudades eu sinto, sei que a sinto, não com aquela intensidade de outrora, mas ela cá está em algum lugar do meu coração e aparece, sinceramente, não acho ruim. Estamos mais distantes do que poderíamos imaginar. Não sei que rumo tomou a Pequena, ela sabe ou talvez não! Fica nesse jogo de esconde esconde. Talvez tenha acompanhado Alice num passeio pelo País das Maravilhas, afinal, ela sempre me fez crer que gatos viravam fumaça e que havia antídotos para crescer e ficar pequena outra vez. Como se os problemas fossem meros pesadelos e que um beliscão me faria acordar e que tudo ficaria bem no primeiro raio de sol. E assim foi por algum tempo, muito tempo, pouco tempo. Tempo vago e atemporal. Ficamos assim, eu e a chuva, sem saber onde esse devaneio iria nos levar.
terça-feira, 30 de julho de 2013
Porre
Hoje eu só queria um porre de inspiração, ultrapassar os meus limites das palavras que a minha alma pode suportar, e no fim, vomitar tudo que eu tenho para dizer...
Sem ressacas, sem ressalvas...
Sem ressacas, sem ressalvas...
segunda-feira, 1 de julho de 2013
MANEIRA DE AMAR - Drummond
"O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mando-o embora,depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o tratava mal, agora está arrependido? Não, respondeu. Estou triste porque agora não posso trata-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava" Drummond
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mando-o embora,depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o tratava mal, agora está arrependido? Não, respondeu. Estou triste porque agora não posso trata-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava" Drummond
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Me vesti de Mãe
Embora ainda não seja mãe, me vesti de mãe para escrever esse texto --- Especialmente para minhas mães - Conceição e Agripina
"Hoje acordei mais cedo do que de costume, aliás, há muitos dias não consigo ficar muito tempo na cama, não acho posição confortável, não consigo dormir e parece que a minha cama diminuiu.
Já não caminho mais como antes, meus pés estão pesados, me arrasto como se o peso do mundo estivesse sobre mim.
A paciência está escassa, quer dizer, já não existe praticamente. Um dia parece que tem 48 horas, e elas passam lentas, lentas. Conto minutos, estrelas e carneirinhos.
Contudo, não estou reclamando. Pois por mais pesada, cansada e estressada que eu esteja, não acredito que seja possível medir minha felicidade. Meus poros transpiram alegria!
Meu corpo mudou, minha face mudou, meus sonhos mudaram. Afinal, há nove meses não consigo ter sonhos apenas meus.
Não sei se estou pronta, contudo parafraseando Clarice Lispector, se tenho medos bobos, tenho também coragens absurdas.
Hoje é o grande dia, e ele chegou de repente, como aquela visita inesperada que você recebe quando o seu cabelo não está arrumado e você está usando a camisa larga da sua banda preferida e pantufas amarelas.
Mas mesmo assim, estou pronta! Hoje, estou vestida para o grande dia da minha vida. Me vesti de mãe, para receber você. "
Autora: Rose Dayanne Santana
"Hoje acordei mais cedo do que de costume, aliás, há muitos dias não consigo ficar muito tempo na cama, não acho posição confortável, não consigo dormir e parece que a minha cama diminuiu.
Já não caminho mais como antes, meus pés estão pesados, me arrasto como se o peso do mundo estivesse sobre mim.
A paciência está escassa, quer dizer, já não existe praticamente. Um dia parece que tem 48 horas, e elas passam lentas, lentas. Conto minutos, estrelas e carneirinhos.
Contudo, não estou reclamando. Pois por mais pesada, cansada e estressada que eu esteja, não acredito que seja possível medir minha felicidade. Meus poros transpiram alegria!
Meu corpo mudou, minha face mudou, meus sonhos mudaram. Afinal, há nove meses não consigo ter sonhos apenas meus.
Não sei se estou pronta, contudo parafraseando Clarice Lispector, se tenho medos bobos, tenho também coragens absurdas.
Hoje é o grande dia, e ele chegou de repente, como aquela visita inesperada que você recebe quando o seu cabelo não está arrumado e você está usando a camisa larga da sua banda preferida e pantufas amarelas.
Mas mesmo assim, estou pronta! Hoje, estou vestida para o grande dia da minha vida. Me vesti de mãe, para receber você. "
Autora: Rose Dayanne Santana
quinta-feira, 9 de maio de 2013
E a música e a poesia brasileira, por onde andam!???
Música e Poesia, por onde andam!??? Que não se encontram mais!?
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto" Olavo Bilac - Em Via Láctea
"Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto" - Belchior - Em Divina Comédia
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto" Olavo Bilac - Em Via Láctea
"Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não
Eu canto" - Belchior - Em Divina Comédia
segunda-feira, 15 de abril de 2013
“A impressão que eu tenho é de não ter envelhecido, embora eu esteja instalada na velhice. O tempo é irrealizável. Provisoriamente, o tempo parou pra mim. Provisoriamente. Mas eu não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro. O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar. Portanto, ao meu passado eu devo o meu saber e a minha ignorância, as minhas necessidades, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo. Que espaço o meu passado deixa pra minha liberdade hoje? Não sou escrava dele. O que eu sempre quis foi comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida, unicamente o sabor da minha vida. Acho que eu consegui fazê-lo; vivi num mundo de homens guardando em mim o melhor da minha feminilidade. Não desejei nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.” (Simone de Beauvoir)
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