quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Um clichê da época

Com certeza vocês já devem ter recebido mais de um milhão daqueles emails que a galera envia no fim de ano... Boas festas, Feliz Natal, Feliz Ano Novo, e tantas mensagens otimistas, que vem tipo spam (até eu já enviei a minha)...

Aqui, aproveito para dizer que, sem hipocrisia, é hora de contestar a vida, afinal, o que de bom vc fez neste ano que está acabando, está mesmo com espírito de festejar Natal... Nossa...
Enfim, eu como sou do estilo Peace and Love... não perderei a oportunidade, óbvio, de desejar um FELIZ NATAL e um LINDO ANO NOVO>.....

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Os tais olhos de ressaca

Certa vez disse-me, "tenho medo de seus olhos, são olhos de ressaca"... Disse ainda, "dissimulados". “Tenho medo de você, deles”. Inicialmente, não entendi nada... Somente lembrei-me de um tal Dom Casmurro, que assim, descreveu o olhar indescritível de sua Capitu. Realismo brasileiro, romanceado por Machado de Assis. Palavra, imagem, som, ópera, vida, deslizes, paixões, dúvidas, eternas dúvidas.

De volta ao início, não entendi o porquê tal comparação. Os olhos (meus) são normais, sem nada de diferente. Já dos dele, não posso dizer o mesmo. Esses sim eram (são) olhos de ressaca, oblíquos e, às vezes, pareceu-me dissimulados. Girassóis, olhos de girassóis. Belos, e amarelos...

Em Dom Casmurro, tem-se a dúvida quase eterna, livre às interpretações dos leitores, se houve ou não a traição de Capitu. Não há comprovações, fatos concretos. O que existem são suspeitas. Apenas suspeitas.

Sobre o início, o que houve? Palavras, lágrimas e evidentes manifestações de afeto. Nada de dissimulação, nem olhos de ressaca. Sobre o que se sucedera, não há o que dizer, como em Dom Casmurro, tenho apenas a impressão em primeira pessoa, visão única e sem opiniões de terceiros.

Se aconteceu ou não, resta a Dom Casmurro, a Bentinho, a tal flor, e a tudo, a eterna dúvida. Suspeita.

“Ficamos assim, a olhar um para outro. Sem dizer nada”

Capitu e o início eram assim como os pássaros, saíam sem pagar nada.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

All Star!!!

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
O sal viria doce para os novos lábios
Colombo procurou as Índias mas a Terra avistou em você
O som que eu ouço são as gírias do seu vocabulário

Estranho é gostar tanto do seu All Star azul
Estranho é pensar que o bairro das Laranjeiras,
Satisfeito, sorri quando chego ali e entro
no elevador aperto o 12 que é o seu andar
não vejo a hora de te reencontrar
e continuar aquela conversa
que não terminamos ontem, ficou pra hoje.

Estranho mas já me sinto como um velho amigo seu
Seu All star azul combina com o meu, preto, de cano alto
Se o homem já pisou na Lua, como eu ainda não
tenho seu endereço
O tom que eu canto as minhas músicas
para a tua voz parece exato...

contando os dias... Nando Reis

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O ridículo, o amor

Sim, o amor é ridículo...

Estar apaixonado é ridículo...

Cartas melosas, emails full time...

As mensagens, do tipo SMS, essas são as mais ridículas.

Rápidas, diretas (devido ao número de caracteres) e ridículas.

Os enamorados, enfeitiçados, loucos de amor – estes são ainda os mais ridículos.

Mas, como nos dizia o poeta – se as cartas de amor não fossem ridículas, não seriam, por assim dizer, cartas de amor. E então, o que seriam?

Mais adiante, novamente disse o poeta, - se nas cartas existe o amor, tem elas por obrigações serem ridículas.

Os amores, os amantes, os desejos, as paixões sempre se tornam ridículos.

No entanto, ridículo é quem não amou, quem jamais fora ridículo. A pequena, por sua vez, sim, já fora ridícula, e como fora ridícula.

Aliás, te pergunto, afinal, quem não queria ser ridículo ao menos uma vez...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Revolucionária aos 16 anos - Quem é vc?

Jamais imaginaria que a edição de outubro da Bravo! traria como matéria principal da editoria Música, uma reportagem de 10 páginas (isso mesmo dez páginas) sobre a "Revolucionária aos 16 anos". Como assim, me perguntei? Quem seria a garota prodígio? No mínimo, pensei, deve ser boa, se está aqui, boa coisa deve ser. Aliás, sempre confiei nos "meus excelentes" editores, nem o João Gabriel, muito menos o Armando Antenore, dariam, por assim dizer, "um tiro no escuro". Mallu Magalhães, esse era o seu nome. Lia-se logo na linha - fina da reportagem “As peripécias que converteram Mallu Magalhães num fenômeno pop e ajudaram a implodir a lógica da indústria musical no Brasil". Ufa, que elogio... "Karalho" (desculpem a palavra), mas a guria está com a bola toda (abre aspas – adora a palavra peripécias).
Li toda a matéria, sem dar muito crédito é claro, mas as críticas eram relativamente consistentes... Logo, ficou por isso mesmo...

Mas, veio a mídia e seu poder de legitimação - reforço aqui o discurso de minha mestre "a mídia não cria, ela legitima". Da Internet, MySpace, em sua página pessoal, a cantora foi para os jornais, TV, até Fantástico, a tal revista eletrônica semanal.No entanto, a manchete aqui, no Fantástico, preferência de milhões de brasileiros nas noites de domingo - não era “a reencarnação de uma cantora Folk", como disse o músico Jorge Moreira, mas sim o romance de uma garota de 16 anos com um cara mais velho. Tipo, ainda mais por que é um músico famoso, ex-líder de uma banda relativamente famosa, o tal Camello. Que repercussão! E daí, se eles estão juntos, se ele é mais velho... Quem tem alguma coisa com isso, além deles?!

Por isso, continuo com a Bravo! que ressalta em seus enredos o que há de bom, a música, a arte, a cultura e as reflexões... Sem fofocas... Tudo bem que a revista eletrônica semanal usou o assunto como gancho - expressão comum no jornalismo - para uma discussão entre adolescentes...
Vocês devem estar se perguntando "o porquê da postagem" somente agora... Hum, tipo, vi no fim de semana passado a matéria sobre a jovem artista, lembrei-me da matéria da Bravo! e preciso fazer um comentário, "acho q a guria tem alguns traços, distantes, lá longe, da Jane Joplin"!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

About

Ás vezes, o q escrevo é muito misterioso e indecifrável para mim. São pulsões de vida, de sentimentos... coisas, muitas vezes intangíveis, mas existentes...
São muitos os desalentos... rodas vivas, cotidianos... situações,fatos e afetos...Sim, vc está ali em algumas postagens,,, na verdade estivemos...

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Estrada

"Você não sabe o quanto eu caminhei

Prá chegar até aqui; Percorri milhas e milhas

Antes de dormir; Eu nem cochilei

Os mais belos montes, escalei

Nas noites escuras de frio chorei, ei , ei

Ei! Ei! Ei! Ei! Ei!...

Meu caminho só meu pai; Pode mudar

Meu caminho só meu pai; Meu caminho só meu pai"...

(Composição: Toni Garrido / Lazão / Da Gama / Bino)


O quanto caminhou? Nossa, chegar até aqui, foi uma vitória incontestável...

No entanto, não vai tomar tempo a escrever sobre as dificuldades, que não foram poucas,

Afinal, o momento agora é de alegria... As milhas que andou, os montes, nem tão belos que escalou e a inúmeras noites de frio em que chorou, incansavelmente...

Tudo valeu a pena... Agora, existem novos montes para escalar e muitas milhas a percorrer.

Acredita que há muito para agradecer... A todos que contribuíram sempre, e aqueles que torceram pelo fracasso, mas que somente fazia-a querer progredir mais.

Logo, seu caminho, só o Pai pode mudar... Juntos em todo o caminho, a guia-la, como sempre fez.

À pequena travessa, valeu a pena, “caçadora de ilusões”