quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Eu acredito na educação e na formação para o exercício profissional!

Quatro de novembro de 2009 é a data prevista para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara votar os rumos da profissão, que muitos teóricos chegaram a intitular como “Quarto Poder”, mas que no Brasil, nos últimos meses, chegou a ser comparada ao ofício de cozinhar. Claro que sem desmerecer a profissão de cozinheiro, que por sinal, assim como a de jornalista, é sim, muito digna, como qualquer outra profissão.
E essa novela que está rodando desde junho, muito mais silenciosa do que se esperava, chega ao fim deste mês sem desfecho. A votação sobre a PEC 386/09 (Proposta de Emenda Constitucional) que discorre sobre o resgate da exigência do diploma para o exercício da PROFISSÃO de Jornalista foi adiada.
Já perdi as contas de quantas vezes isso aconteceu. No entanto, o que me desanima não são as sucessivas “ficou para a próxima pauta”, mas sim, primeiro --- a decisão do STF sobre a obrigatoriedade do diploma ---, segundo --- o descaso e omissão da própria imprensa em relação à sua própria atividade. Digo por experiência, aliás, tenho que ficar vasculhando na Internet informações sobre o andamento do processo, aquelas operações do tipo “pente fino” e/ou derivados. O que tem se sobressaído nesse movimento é a atuação dos sindicatos e também dos internautas, que tem despejado emails, notas, postagens aos deputados envolvidos na votação e em toda rede.
Acredito em “alguns” profissionais que tenham adquirido na prática e vivência os requisitos para o exercício da profissão. Acredito também que as Universidades de Comunicação pequem no sentido de omitir da grade curricular matérias essenciais ao exercício da profissão, como português, história, filosofia, ética, por exemplo. Acredito que a liberdade de expressão é um direito de todos. Acredito que a formação é necessária para o exercício de qualquer profissão, aliás, não entregaria minha vida ao um médico, advogado ou juiz sem formação, por exemplo.
Embora este não seja o foco da minha explanação, nessa semana, na tentativa de justificar a violência no Rio de Janeiro, no caso envolvendo o coordenador do AfroReggae, a imprensa tentava comparar o período de formação de policiais militares em algumas capitais, em referência ao Rio de Janeiro. Enquanto algumas exigem no mínimo 2 anos de formação, um PM carioca só precisa de seis meses de formação.
Interessante como em alguns casos a formação é requisito de qualidade. Chega a ser irônico. Como a sociedade poderá entregar um bem tão precioso como a informação, sem requisito nenhum. Todo mundo pode se expressar, para isso existem tantas ferramentas, como blogs, twitter, orkut, cartas, e etc, etc etc. Mas na imprensa não. Nela não se pode falar o que quer, o que se pensa, sem critério, valor notícia, interesse público.
Semana passada recebi um spam, com o seguinte título “Seja um jornalista em 45 dias – curso totalmente online, sem sair de casa, por 2 parcelas (agora não me lembro o valor)!” Será que devemos dar créditos a informações advindas de uma formação online em 45 dias? É lastimável. Até chegar ao extremo de colegas, formados, que estudaram comigo, dizerem que ser jornalista é fácil e que nem sabe para que estudou. Se vocês não sabem, com certeza eu sei.
Reforço que temos que manter a mobilização em defesa da nossa profissão. A exigência do diploma não é inconstitucional. Não é uma afronta à liberdade de expressão. Deixar a profissão sem regulamentação coloca em risco a credibilidade, seriedade e ética no Jornalismo brasileiro.
Encaminho esse email aos 122 parlamentares que integram a CCJ, os quais decidirão, no próximo dia 04 (se não adiar), não só a regulamentação da minha profissão, mas o desfecho de sonho e crença, de uma estudante, jornalista e cidadã, que sempre acreditou que a educação pode mudar o mundo e que o fazer jornalismo é sim fazer social.

Rose Dayanne Santana Nogueira
Jornalista

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Dezesseis

Renato Russo - Legião Urbana

João Roberto era o maioral
O nosso Johnny era um cara legal

Ele tinha um Opala metálico azul
Era o rei dos pegas na Asa Sul
E em todo lugar
Quando ele pegava no violão
Conquistava as meninas
E quem mais quisesse ver
Sabia tudo da Janis
Do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones
Mas de uns tempos prá cá
Meio sem querer
Alguma coisa aconteceu
Johnny andava meio quieto demais
Só que quase ninguém percebeu
Johnny estava com um sorriso estranho
Quando marcou um super pega no fim de semana
Não vai ser no CASEB
Nem no Lago Norte, nem na UnB
As máquinas prontas
Um ronco de motor
A cidade inteira se movimentou

E Johnny disse:
"- Eu vou prá curva do Diabo em Sobradinho e vocês ?"

E os motores sairam ligados a mil
Prá estrada da morte o maior pega que existiu
Só deu para ouvir, foi aquela explosão
E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão
No dia seguinte, falou o diretor:
"- O aluno João Roberto não está mais entre nós
Ele só tinha dezesseis.
Que isso sirva de aviso prá vocês".

E na saída da aula, foi estranho e bonito
Todo o mundo cantando baixinho:

Strawberry Fields Forever
Strawberry Fields Forever

E até hoje, quem se lembra
Diz que: "Não foi o caminhão"
Nem a curva fatal
E nem a explosão
Johnny era fera demais
Prá vacilar assim
E o que dizem é que foi tudo
Por causa de um coração partido

Um coração
Bye, bye Johnny
Johnny, bye, bye
Bye, bye Johnny.


Aos 16 anos, na escola, num desses concursos de colégio, escrevi "Dezessete anos", uma poesia sobre drogas... Lembro-me que o tema dos tais versos veio depois de ouvir "Dezesseis"!!!! Não descobri ainda o que tinha haver, mal conhecia a música, se não, talvez, fosse a primeira vez que a escutasse. Aliás, nunca consegui entender o porquê das coincidências... Só sei que elas existem, as vezes, ou quase sempre...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

The last time I saw ...

The last time I saw Richard was Detroit in 68
And he told me all romantics meet the same fate Someday, cynical and bitter and boring someone
In some dark café
You laugh, he said you think you're immune,
Go look at your eyes
They're fool of moon
You like roses and kisses and pretty men to tell you
All those pretty lies, pretty lies
When are you gonna realize they're only pretty lies
Only pretty lies, pretty lies

He put a quarter in the wurlitzer, and he pushed
Three button and the thing began to whirl
And a waitress came by a fishnet stockings and a bow tie
And she said drink up now it's getting on time to close
Richard, you haven't really changed, I said
Is she that now you´re romanticizing some pain that's in head
You've got tombs in your in eye, but the songs
You punched are dreaming
Listen, they talk of love so sweet
When are you gonna get back on your feet?
Oh and love can be so sweet, love so sweet

Richard got married to a figure skater
And he bought her a dishwasher and a coffe percolator
And he drinks at home now most night with the TV on
And all the house lights left up bright
I'm gonna blow this dam candle out
I don't want nobody, comin' over to my table
I´ve got nothing to talk to anybody about
All good dreamer pass this away someday
Hidin' behind bottles in dark café
Dark cafes
Only a dark coccon before
I get my gorgeous wings
And fly away
Only a phase, these dark cafe days

Garcia Márquez é uma unanimidade!!!

Garcia Márquez é uma unanimidade!!!

Não era para menos, aliás, ele não escreve ou conta histórias, simplesmente. Mas faz com que os leitores vivam a narrativa como se saboreassem a vida, em suas complexidades, alegrias e tristezas... Sentiu-se assim ao ler “Amor nos tempos do cólera”!!!! Daí, não sabia se por coincidência, comeceu a ler “Cem anos de Solidão”. Mas a leitura está lenta, pois o tempo é escasso. No entanto, já começou a imaginar o que prepara Garcia Márquez. Aos poucos está conhecendo Macondo e a descendência dos Buendia (ainda não sabe como pronuncia...).

Após concluir a leitura de o “Amor nos tempos do cólera”, decidiu ler Metamorfose, de Franz Kafka, pois descobriu que Garcia Márquez decidiu ser escritor após concluir a leitura dessa obra. Mas, seu atual consultor literário, ao presenteá-la com o livro, alertou-a sobre o fato de só lê-lo quando estivesse preparada. Atrevida,iniciou a leitura, mas não conseguiu terminar, assustei-se... Percebeu que não é o momento, mas sabe que é preciso ler. Como o consultor lhe falou “ler essa obra é tão importante quanto comer feijão”. A partir disso, percebeu o porquê de até hoje não ter conseguido concluir “O mundo de Sofia”...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cartoon na Playboy

Capa da Playboy de Novembro --- Marge Simpson! Ainda nem chegou nas bancas, mas já é viral... Na Internet é o que se comenta. Tem gente falando que pode vender mais que outros exemplares e tals tals... A personagem do desenho animado, figura na capa da Magazzine e ocupa ainda três páginas interiores da edição. A mulher de Homer Simpson aparece de calcinha, sutiã e camisola transparente, e ainda concede entrevista à Playboy. Segundo os editores da Playboy, a edição é uma homenagem da revista americana ao cartoon, pelos seus 20 anos de existência.
No entanto, como ressaltam os editores, dentro da revista tem fotos também de mulheres de carne e osso.

Ah, sim! Hoje em dia tem cada coisa.. Mas, como eles estão afirmando por ai, a Marge não será a primeira, se não estou enganada a Betty também já ilustrou capas de revistas assim. Mas que explicação terá tudo isso. Tem gente falando que vai vender mais, menos e etc. Eu penso que por estar sendo tão comentado, quem sabe venda mais exemplares.. O que manda nessa situação não é a modelo da capa --- santa ingenuidade. Mas sim a campanha publicitária que se faz para vender a revista. Talvez a Playboy não esteja vendendo tanto nos EUA (suposição) e os editores queiram "chocar" os leitores, causando procura, curiosidade, fantasias, inovação.. FUnciona assim... Se com Marge não der certo, quem sabe She-ha, Lala, enfim, o lance é faturar.

Vender revista, vender, vender, vender.... lucrar lucrar... lucrar....

terça-feira, 20 de outubro de 2009

“[…] o valor do popular não reside em sua autenticidade ou em sua beleza, mas sim em sua representatividade sociocultural, em sua capacidade de materializar e de expressar o modo de viver e pensar das classes subalternas, as formas como sobrevivem e as estratégias através das quais filtram, reorganizam o que vem da cultura hegemônica, e o integram e fundem com o que vem de sua memória histórica.

Jesus Martín-Barbero em “Dos meios às mediações”.

Sonhos com Mafalda

Ai... Contínuo com a frase na cabeça "Justo a mim coube ser eu"... Será se a nóia vai durar tanto tempo assim!

Trabalhando, trabalhador brasileiro... Nessa condição "assinada", sem condições para nada... Na batuta do assalariado, vejo a "porcaria" a qual nos submetemos. As vezes queria ser meu próprio patrão, mas não consigo pensar em ser como ele. Abonos, Bônus, Vales, Ticket, Seguros, Hora Extra, Banco de Horas, e blá blá blá...
Se justo a mim couber ser eu, se fosse patrão, com certeza, eu seria assim... Aff... Aff... Será se mesmo querendo ser diferente, eu teria que ser desse jeito? Com certeza sim...
Aliás, a culpa não é só do Segundo Setor, mas do Primeiro, que por assim dizer, faz as regras, vota as leis, estuda emendas...

Penso na situação(des)organizacional que vive o sistema brasileiro! Fico me perguntado: para que tantos prêmios? Metodologias? Cases? Sistema de Qualidade? Certificações? E blá! Blá! Blá! Enquanto 10 chefes discutem "mecanismos de qualidade;gestão; lucro; relacionamento", algumas formiguinhas tentam remar contra a marés. Frágis e sozinhas, contra um sistema!

Escrevi esse comentário no blog da Pós... Estou tão "indignada" com tudo isso. Que nem procurei esconder a pessoa que fala por metáforas e rimas misteriosas... Afinal, que tá indignada sou eu. Sera se pelo menos aqui eu posso ser eu...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cartas Barulhentas!!!!

Nos assombros daquelas reuniões intermináveis de família, das quais em poucas se sentia a vontade, talvez pela proximidade recente, ou quem sabe pelo deslocamento sutil. Enfim, em meio à algazarra rotineira, o que mais a assustava eram as rodadas intermináveis de truco! Não sabia o que era pior, se o ronco freqüente ou as rodadas barulhentas de truco que se seguiam até o raiar do dia.
Tamanho assombro e repulsa, a fez fugir demasiadamente das tais cartas barulhentas, pois ‘no fundo no fundo’, ela tinha a certeza de que o barulho saia das cartas. Claro, que sim, afirmava.

Débil de forças para relutar contra o nervosismo, fugiu. E essa fuga durou o quanto pôde! Até questionar-se sobre a sofreguidão inerente às inocentes cartas de baralho barulhentas que tanto a atormentava.

Tal fuga duraria aproximadamente 11 anos, quando, em algumas dessas idas às praças quase escuras e acompanhada por pessoas, no mínimo, peculiares, fez o ‘tento’ de tentar ‘trucar’.

E assim descobriu que as cartas não eram barulhentas, pelo menos a princípio, e que o jogo era feito de parceria, como em toda a vida. Que você depende do outro, seu parceiro, que às vezes pode te ajudar e outras vezes não, mas que sempre estará ali, para te apoiar nas melhores ou piores jogadas.

Descobriu que a meta é conquistar os pontos e chegar ao fim da rodada fazendo o máximo de barulho humanamente possível, festejando, como se deve festejar a vida. Nessas horas, em que vale tudo, você tira sarro da galera, blefa, truca com ‘bofera’, joga no escuro ou no claro, se diverte. Grita: - Arrasa! Te dedico! É a treva! Vem com tudo ou vem de nada! E assim segue, até o raiar do dia.

Quanto ao assombro inicial das tais cartas barulhentas? Sobre isso, ela conta que foi convertido em raros momentos de sublimação, que com seus detalhes, pessoas e dizeres são privilegiados.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

JUSTO A MIM ME COUBE SER EU!

Frase típica da inesquecível Mafalda, mas que cabe com certeza na vida desta que questiona-se o fato de "de fato" ser eu...
Afinal, por que "Justo A Mim Couber Ser Eu"!!!!