quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Revolucionária aos 16 anos - Quem é vc?

Jamais imaginaria que a edição de outubro da Bravo! traria como matéria principal da editoria Música, uma reportagem de 10 páginas (isso mesmo dez páginas) sobre a "Revolucionária aos 16 anos". Como assim, me perguntei? Quem seria a garota prodígio? No mínimo, pensei, deve ser boa, se está aqui, boa coisa deve ser. Aliás, sempre confiei nos "meus excelentes" editores, nem o João Gabriel, muito menos o Armando Antenore, dariam, por assim dizer, "um tiro no escuro". Mallu Magalhães, esse era o seu nome. Lia-se logo na linha - fina da reportagem “As peripécias que converteram Mallu Magalhães num fenômeno pop e ajudaram a implodir a lógica da indústria musical no Brasil". Ufa, que elogio... "Karalho" (desculpem a palavra), mas a guria está com a bola toda (abre aspas – adora a palavra peripécias).
Li toda a matéria, sem dar muito crédito é claro, mas as críticas eram relativamente consistentes... Logo, ficou por isso mesmo...

Mas, veio a mídia e seu poder de legitimação - reforço aqui o discurso de minha mestre "a mídia não cria, ela legitima". Da Internet, MySpace, em sua página pessoal, a cantora foi para os jornais, TV, até Fantástico, a tal revista eletrônica semanal.No entanto, a manchete aqui, no Fantástico, preferência de milhões de brasileiros nas noites de domingo - não era “a reencarnação de uma cantora Folk", como disse o músico Jorge Moreira, mas sim o romance de uma garota de 16 anos com um cara mais velho. Tipo, ainda mais por que é um músico famoso, ex-líder de uma banda relativamente famosa, o tal Camello. Que repercussão! E daí, se eles estão juntos, se ele é mais velho... Quem tem alguma coisa com isso, além deles?!

Por isso, continuo com a Bravo! que ressalta em seus enredos o que há de bom, a música, a arte, a cultura e as reflexões... Sem fofocas... Tudo bem que a revista eletrônica semanal usou o assunto como gancho - expressão comum no jornalismo - para uma discussão entre adolescentes...
Vocês devem estar se perguntando "o porquê da postagem" somente agora... Hum, tipo, vi no fim de semana passado a matéria sobre a jovem artista, lembrei-me da matéria da Bravo! e preciso fazer um comentário, "acho q a guria tem alguns traços, distantes, lá longe, da Jane Joplin"!

6 comentários:

Rogerio Furtado Magalhães disse...

Dayanne se eu for responder tudo o que eu penso sobre seu texto, faria outro, rsrsrsr.
É que se fosse publicado você compraria uma briga tão grande que teria de ter saco roxo para levá-lo adiante.Você pisou em campo minado nele, rsrsrsr. Mas o importante é que é sua opinião, e isto é válido.

é porque no caso da Mallu Magalhães (minha prima Magalhães, rsrsr), não importa se ela canta bem ou não, mas sim o que ela representa como divisor de água. Ela é o símbolo do fim da era das gravadoras e do fim dos cds.

Sobre o namoro com o Marcelo Camelo, se a mídia colaborar a trasnformará na Yoko Ono do século XXI, porque os fãs do Los Hermanos não perdoarão este namoro.

Agora quanto a comparação lá longe, longe mesmo com a Janis Joplin...
Se tivesse Joni Mitchel ainda poderia apssar perto, rsrsrsr

Adorei seu texto, é só uma opiniao minha
ER olha que eu iria escrever muito mais, rsrsrsr

Rose Dayanne disse...

Adoro seu senso crítico... apesar de querer matá-lo algumas vezes,, vc sabe disso não é... Ás vezes, acho q a parada das músicas na net, prontas para serem baixadas, sem gravadoras, monopólios de produção, seria uma boa... Talvez a indústria cultural fosse abalada, não sei, ou quem sabe, uma possível democratização... Utopia, confesso. Mas tb desconfio, temo, receio... enfim, boa colocação a sua sobre o "divisor de águas". o que mais me interessou não é se ela canta bem, nem estou convencida disso, mas o destaque q a guria está tendo... Será se é sua música, seu estilo, sua vertente ou apenas o fato de ser possivelmente uma Yoko Ono do século XXI;;; Ah, outra coisa, sobre a Janis Joplin, não me referia à música, jamais... Vi uma foto e percebi semelhanças quantos aos traços, distantes, mas não pude deixar de fazer um comentário...

na verdade queria discutir com vc face to face, a gente ia "brigar" um monte... rsrsr

Rogerio Furtado Magalhães disse...

Saiba que eu tsambem adoraria isso, rsrsrsr

Pioe é que ci que voce levou a erio mesmo, rsrsrsr

No texto da bravo, mostra como se voce tiver marketing, as pessoas certas e uma pessoa que não tem talento, mas tem uma coisa interessante a se vender. é isto que eles querem.

Tipo, para levantar polemica de novo:

O que voce acha da farsa do sertanejo universitario???

rsrsrsrrsr

Rose Dayanne disse...

Vc se refere a duplas do tipo, "Jorge e Mateus; Vitor e Léo; João Bosco e Vinicios, César Menotti e Fabiano"...
Tenho que confessar que conheço todos... É um tipo de música sertaneja tocada de uma forma diferente, privilegiando o acústico. Mas muitas vezes sem preparo, aliás, quase sempre. Hum, mas tenho que dizer que essas explosões meteoricas de hits agradam sempre os mesmo públicos, quem gosta do tal sertanejo universitário, também adora Calypso, de vez em quando dança funk, no carnaval dança axé. Vc o que me diz, não sei muito sobre o assunto;;;???

Rogerio Furtado Magalhães disse...

Bom prepare o espaço...

O porque da farsa do sertanejo universitário

Pegue um cantor de barzinho que canta muito bem e nunca teve oportunidade, mais um cantor de axé que só é bonito e nada mais. Misture a eles roupas da moda, e ponha para gravar música sertaneja (eles só saberão as que estivrem no DVD).
Em um DVD eles gravam 22 músicas de clássicos sertanejos para ganhar o povão e tres inéditas para conquistar a rádio e a massa. Falar de amor todo mundo fala, até o funk carioca fala, mas aqui tem que ser aguado e de fácil aceitação do público. Coisa complicada não vende.

O porque de ser uma farsa, porque quem iniciou isto tudo foi a dupla Cezar Mennoti e Fabiano, que custeou um cd do proprio bolso depois de ser recusado pelas gravadoras por serem gordinhos. Numa das faixas do DVD eles homenageiam os universitarios de todo o Brasil. Para que? O estrago já estava feito. Ninguém perguntou aos universitários se podiam usar o termo.

O forró universitário nasceu de um grupo de universitário que se encontrava apra dançar e a boate virou moda em São Paulo e depois por causa da banda que significava aquele movimento explodiu, o Falamansa. Mas porque designar este estilo com um público com quem não se identifica?

Porque o termo universitário para tudo o que vier sempre acompanhara pessoas com pensamento livre e independencia financeira. Logo, estilos marginalizados como o pagode, o forro e o sertanejo tem que ser vendido a este publico, com uma embalagem bonita. E os verdadeiros compradores tem que se adequar a este novo produto.

O povão não tem dinheiro para comprar cd e quem tem dinheiro predere baixar, onde a gravadora ira procurar seu publico para vender?

Porque plantadores de tomates não fazem mais sucessos como duplas sertanejas, dando espaços para duplas de rostos bonitos e algum talento sem identificação com seu público primário? Porque o forro nao canta mais a terra do nordeste e sim um rock/balada de sanfona romantico? Porque o pagode não é mais tocado por moradores das zonas pobres e sim por mauricinhos que vestem roupas de grifes que antes nunca seriam imaginados pelos antogos grupos de pagodes 9nao porque nao queriam, mas porque nao tinham como comprar)?


Não se trata de talento, eles tem, mas são reaproveitamento de outros estilos que se unem para ganhar um trocado num estilo que nunca foram seus.
Outras duplas são até mais talentosas, mas não tem padrinhos, talvez embalagem para ser vendido.

E como diz o solgan de uma dupla dessas...

PELO AMOR DE DEUS... JORGE E MATEUS...

NAO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Rogerio Furtado Magalhães disse...

Desculpe este texto foi escrito de uma vez, de desabafo. Por isso saiu tão grande.