segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A Bahia é pertinho, vice

Acredita que não por acaso tenho escutado na noite anterior o MP3 de mais de 3 anos atrás, meio ralado, riscado, cheio de memórias. Sim, mais de 170 músicas, talvez todas de Legião, não sabe pois nunca as ouviu todas...
Escutou, não sabe porque, Música Urbana, umas três vezes... “E nos pontos de ônibus estão todos ali: música urbana.” Talvez porque viva em pontos de ônibus, é como a vida nesse vai e vem! Numa ciranda, sempre a cirandar.
Enfim, mas dessas, do CD (lê-se ‘cídi’), ralado, riscado e cheio de memória também ouviu Eduardo e Mônica, Andrea Doria (uma das preferidas --- “quero alguém que não use o que eu disse contra mim” --), The Last Time I saw Richard (Joni), Daniel na Cova dos Leões, Só por hoje, Via Láctea (ai, depressiva máster, mas com uma bela mensagem) “Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz. Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho”. Tem sempre essa certeza frente às peripécias da vida... Crê em Deus, acredita sempre.
De qualquer forma, certa de que a certeza nunca se tem, existem conversas que não têm preço. Assim conta a pequena. Sim sim não tem preço
Às vezes passam-se anos luz sem notícias, contatos, experiências, mas mesmo assim, ter isso mais uma vez, novamente (redundante), com certeza não seria um mero devaneio. Nem os olhos oblíquos de ressaca se os olhassem mais uma vez não conseguiriam dissimular, por assim dizer, a sensação de se ter notícias.
Sendo assim e assim sendo, refletiu sem muitas conclusões, resguardou-se apenas às sensações do dia! Num dia em que nem mesmo a TPM japonesa poderia tirar o amarelo de um sorriso demente, fato.
Quem sabe é preciso to back in Bahia, claro que se estiver cansada de Londres! Aliás, Paris é um amor! Holanda é a liberdade! A Europa um passeio de trem! Buenos Aires quem sabe uma aventura! South Africa um stoped for life! Brasília um saudosismo mútuo! Marília uma curiosidade! São Luis ilha dos sabores e sensações! O Rio que contiua lindo! Piri uma paradinha de renovação! E o mundo, todo ele, uma caixinha de surpresa. Ops... Quem sabe um baú! Que por hora pode estar fechado com lembranças, medos, sonhos! Mas que a qualquer momento pode abri-se para toda a vida e suas surpresas.
Por tudo isso olhou os presentes dos amigos e das viagens que esses fazem... tantos lugares que ele passaram e sempre se lembram de trazer uma lembrança para a pequena, das quais muitos deles falam que ela deve conservá-las não como lembranças, mas como curiosidades. Sim, curiosidades, gás, combustível, ou seja, como a certeza de que um dia visitará todos aqueles lugares de sua caixinha de surpresa, digo, Baú.
Por isso, vamos que vamos que o baú precisa ser aberto! Precisamos de força, precisamos sempre! E sabemos onde encontrá-la. Fé em Deus e pé na tabua.
Comecemos de algum jeito...ok
O mundo começa agora, a cada dia. Apenas começamos...
Oxi, e antes que esqueça: “A Bahia é pertinho, vice!”



Back in Bahia
Gilberto Gil


Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo nervoso, querendo ouvir Celly Campelo pra não cair
Naquela fossa em que vi um camarada
meu de Portobello cair
Naquela falta de juízo que eu não
tinha nem uma razão pra curtir
Naquela ausência de calor, de cor, de sal,
de sol, de coração pra sentir
Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim
Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar
Do luar que tanta falta me fazia junto do mar
Mar da Bahia cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do Norte onde não sei se por sorte ou por castigo dei deparar
Por algum tempo que afinal passou depressa, como tudo tem de passar
Hoje eu me sinto como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo de vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá

4 comentários:

Pedro Cindio disse...

Esse som detona. Back n Bahia fala abertamente de maconha em uma época dificil para nossa sociedade. O Expresso 2222 está entre os amiores discos da música Brasileira.

Anônimo disse...

Pedro, tinha que falar da marijuana ne!

Rose

Rogerio Furtado Magalhães disse...

Escute o show da USP 1973 DE GILBERTO GIL, É UMA AULA SOBRE COMO ERA O BRASIL DURANTE A DITADURA E DE COMO ERA A CULTURA POS EXILIO DE GIL E CAETANO.

Rogerio Furtado Magalhães disse...

OUÇA ESTE AUDIO COM ATENÇÃO, PRINCIPALMENTE A PARTE 01.
http://toque-musicall.blogspot.com/2009/12/gilberto-gil-ao-vivo-na-escola.html

E O SHOW NA INTEGRA SEM CORTE DO SHOW DE GIL NA VOLTA DO EXILIO. TEM 03 HORAS DE DURAÇÃO.

NAQUELA EPOCA OS GRANDES NOMES DA MPB FAZIAM CIRCUITOS DE SHOWS UNIVERSITARIOS ONDE CANTAVAM E CONTAVAM O QUE NAO PODIAM FALAR PARA OS GRANDES PUBLICOS OU TELEVISAO.

POR ISSO A EXTASE DO PUBLICO AO OUVIR AS PALAVRAS DE GIL E A SURPRESA EM RELAÇÃO A PONTOS POLEMICOS COMO A CENSURA.

APROVEITE