terça-feira, 14 de setembro de 2010

Seria culpa das mechas, vai saber!

Seria as lágrimas noturnas o motivo dos olhos inchados e tensos da pequena. Talvez a insônia que a incomodava, vez em quando. Vai saber. A realidade era que estava com cara de poucos amigos! Coisa difícil de se ver, não pestanejou e retrucou enraivecida que a culpa era das mechas loiras e mal pintadas. “O fim de um sonho”... Mechas manchadas, questionava? Sim, isso mesmo, teimava. Mas me diga, a finalidade das mechas não seria manchar, literalmente, os cabelos? Vai entender.

Penso que havia muito mais naquela agonia do que apenas os cachos maltrapilhos que a pequena esbanjava naquela manhã. Faltava quem sabe a segurança da mulher, que muitos desacreditavam existir, pois teimavam em afirmar que a pequena não passava de uma menina grande apenas. Talvez isso a estivesse incomodando também. Um palpite.

Contudo, afirmo sem titubear que a pequena, apesar da estatura, teria, quem sabe, uma maturidade prematura tão aguçada que as vezes incomodava ser tão responsável. Por isso, não demorava batia a tal “porralouca” e ela estampava seus defeitos, medos e fraquezas para quem quisesse ver, como cantava o tal poeta “não sou perfeito”. Cantava aos quatro cantos.

Aliás, que perfeição é essa que muita gente procura por ai... O bom da vida são as descobertas, o amadurecimento, a continuidade da vida, aprender a cada dia e ser feliz.


FELIZ FELIZ FELIZ :) :) :) :)


Errar?? E por que não errar??? Erramos sim, e erramos muito... Todos os dias... Assim como aprendemos! É preciso ter a chance de aprender também... Assim como ter a chance de fazer certo... Temos o direito de errar e de ter também uma segunda chance. De tentar mais uma vez e quantas vezes for preciso.

Cada ser é único, não é igual... E nem adianta pensar que será igual. Poderá haver semelhanças! É o que digo pra pequena: as mechas são diferentes, cada uma com seu tom mais ou menos amarelo. As pessoas são diferentes, cada uma com seus defeitos e qualidades.

De qualquer forma, enquanto cá estou a confortar a pequena, releio esse texto em meio aos nexos e antinexos , procurando entender porque comecei a escrever. Uma coisa é certa: Saudades de escrever... Como sabe, uma das coisas que me dá prazer de fato é escrever solto, sem medo. Escrever o que vier na cabeça.

Como agora, quando me lembro da profundidade de um abraço e procuro uma continuidade para fechar esse texto. Talvez escreva sobre esse abraço um dia, sobre algumas sensações que me alertam pro novo velho, e despertam pra outras sem explicação. Escreverei, é fato, quando os pensamentos cá estiverem no seu devido lugar e eu puder voltar de fato.

Quanto às mechas manchadas da pequena, dá – se um jeito. Afinal, o sonho não acabou, ainda tem pão doce... Vamos nessa que Paris é logo ali...

2 comentários:

Cia. De Teatro Atemporal disse...

Oi, Bela Rose!

Quanto tempo... estávamos com saudades de seus recados! Pois bem, ficamos felicíssimos em saber que você está bem e o Blog continua muito legal!

Receba muitos beijos da Cia. De Teatro Atemporal!

Te amamos de coração!

Clemente.

Elaine Barnes disse...

Olá menina! Saudades de você! Também ando bem sumida e sem inspiração pra escrever,mas, agradeço a sua visita sempre tão especial. Seu texto como sempre um primor! Eu amo abraçar,conheço a energia da pessoa apenas sentindo como ela abraça. Muito bom!
Monte de bjs e abraços fortes e ternos pra você