sexta-feira, 13 de março de 2009

Luciola

Alguns trechos desta obra que me cativa desde 12 anos, quando a li pela primeira vez... E que a cada nova leitura, quatro vezes concluída, novos fragmentos e mensagens eu abstraia. (Um texto de José de Alencar)


Trecho do ínicio

"Recebi, pois essa primeira impressão com verdadeiro entusiasmo, e a minha voz habituada às fortes vibrações nas conversas à tolda do vapor, quando zunia pelas enxárcias a fresca viração, minha voz excedeu”.

Trecho do meio

"Sabes que terrível coisa é uma cortesã, quando lhe vem o capricho de apaixonar-se por um homem! Agarra-se a ele como os vermes, que roem o corpo dos pássaros, e não os deixam nem mesmo depois de mortos."

Trecho penúltima página, considero o melhor, essencialmente, entre todos...

"Tenho-a tão viva e presente no meu coração, como se ainda a visse reclinar-se meiga para mim. Há dias no ano e horas no dia que ela sagrou com sua memória, e lhe pertencem exclusivamente. Onde quer que eu esteja, a sua alma me reclama e atrai; é forçoso então que ela viva em mim. Há também lugares e objetos onde vagam seus espíritos; não os posso ver sem que o seu amor me envolva com uma luz celeste. "


A obra "Lucíola", de José de Alencar, é um romance do escritor brasileiro que foi publicado em 1862. Conta a história de Paulo (narrador personagem) e Lúcia (Maria da Glória) ou Lucíola (mariposa da noite). O texto constrói-se em torno de inúmeras metaforas e expõe o tipico perfil do Rio de Janeiro imperial. Críticas ao tal modo de vida são constantes à narrativa de Alencar.

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